Fractio.Solutions https://fractio.solutions/ Fractional CMO / CMO as a Service Tue, 08 Apr 2025 19:41:18 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.8 240916754 Growth em SaaS: Comparando modelos de aquisição https://fractio.solutions/growth-em-saas-aquisicao/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=growth-em-saas-aquisicao https://fractio.solutions/growth-em-saas-aquisicao/#respond Tue, 08 Apr 2025 19:40:55 +0000 https://fractio.solutions/?p=3431 Growth em SaaS: Comparando modelos de aquisição IIntrodução No mundo SaaS, o desafio de gerar um fluxo de receita consistente e previsível passa por escolher (e operar) corretamente os canais de aquisição mais eficientes para seu negócio. Algumas empresas apostam em inbound marketing, outras confiam na força do produto para viralizar, enquanto algumas [...]

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Growth em SaaS: Comparando modelos de aquisição

IIntrodução

No mundo SaaS, o desafio de gerar um fluxo de receita consistente e previsível passa por escolher (e operar) corretamente os canais de aquisição mais eficientes para seu negócio. Algumas empresas apostam em inbound marketing, outras confiam na força do produto para viralizar, enquanto algumas dependem de equipes comerciais altamente especializadas para fechar grandes contratos.

Essas abordagens se encaixam em três grandes modelos de aquisição:

1. Inbound-Led – Clientes chegam até a empresa por campanhas digitais, conteúdo e automação.

2. Product-Led Growth (PLG) – O produto se vende ‘’sozinho’’por meio de trial, freemium e viralidade.

3. Sales-Led – Um time comercial impulsiona as vendas, especialmente para grandes contas dentro de uma target list determinada.

Cada modelo tem vantagens e desafios, e a escolha depende de diversos fatores do mercado, do ticket médio e do ciclo de vendas, além do ambiente interno (time, budget, senso de urgência). Neste artigo, vou explorar como os três modelos funcionam na prática, trazendo os casos da VTEX e da Adyen, e de bônus vou explicar como o uso inteligente de parceiros e canais ajudou essas empresas a crescerem de forma escalável.

Os 3 Modelos de Aquisição em SaaS

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1. Inbound-Led: Atraindo Clientes de forma escalável

Inbound se baseia em qualquer estratégia onde o cliente chega até a empresa sem uma abordagem comercial direta. Isso pode acontecer por meio de:

SEO e Marketing de Conteúdo (blogs, webinars, ebooks)

Mídia Paga (Google Ads, Meta Ads, LinkedIn Ads para geração de leads)

Automação de Marketing (nutrição de leads via email, WhatsApp)

Branding e Comunidade (eventos, social media orgânico, grupos fechados)

Vantagens:

Custo de aquisição reduzido no longo prazo (tráfego orgânico tende a ser mais barato quando consegue -se encontrar desenvolver conteúdo de valor aderente é passível de ser encontrado pelo usuário).

Escalabilidade (campanhas e conteúdos bem otimizados podem gerar leads constantemente).

Posicionamento como autoridade no mercado (apesar de mais intangível, esse ponto é importante para reduzir ciclo de venda e colaborar com percepção de valor)

Menos fricção na jornada de compra (o lead, ao tomar iniciativa e converter em campanha ou conteúdo, chega mais educado e qualificado para a equipe comercial)

Desafios:

Resultados levam tempo para aparecer (SEO e nurturing são processos demorados. Campanhas digitais são mais imediatas, mas a otimização até o ponto ideal pode ser custosa em tempo e recursos).

Nem todos os leads estão prontos para comprar (necessidade de qualificação).

Alto investimento inicial em mídia e conteúdo (campanhas e conteúdo exigem um time capacitado, que entenda o cliente e consiga produzir peças atrativas e aderentes)

📌 Caso VTEX:

Quando assumi como Head de Marketing da VTEX, a proposta veio com o desafio: Como podemos mudar a percepção do mercado sobre a VTEX de uma plataforma SaaS para SMB para uma plataforma focada em empresas enterprise>

Essa mudança de percepção se baseou em 4 pilares principais:

  • Branding, com uma nova assinatura onde deixava-se explícito o foco da empresa VTEX – The Enterprise Digital Commerce Platform. (Dica: iniciativa simples e não simplória: a declaração do posicionamento e futuro desejável, é o primeiro passo para a construção de uma nova realidade, tanto na cabeça do público interno, quanto de clientes e parceiros).
  • Sales, com uma target list muito mais madura e direcionada ao tipo de cliente mais desejado pela VTEX, considerando uma adequação em abordagem e ferramental a essa nova realidade.
  • Customer Success, com um time muito mais direcionado a escalar as conversas dentro do cliente para assuntos ainda mais estratégicos, contribuindo e participando de tomadas de decisão para alem do comércio eletrônico e aportando valor em grandes estratégias de grandes clientes. Aqui também foi preciso dizer não aos clientes menores, encaminhando para equipes de atendimento compartilhado ou ate mesmo sugerindo migração para a Loja Integrada, plataforma da VTEX dedicada a SMBs.
  • Inbound, objeto desse artigo, com estratégias muito mais aderentes ao mercado enterprise. A primeira delas foi criar um núcleo de conteúdo capaz de produzir cases, artigos e white-papers que ajudassem clientes enterprise com seus desafios de e-commerce (um deles foi produzir conteúdos que falassem diretamente com a dor do cliente enterprise: migração de plataforma. Um cliente enterprise provavelmente já tinha um e-commerce rodando em outra plataforma e a migração sempre era vista como algo a ser evitado, pelo desconhecimento e traumas passados. Empresas preferiam ficar no desconforto conhecido de plataformas menos adequadas aos seus negócios do que arriscar um moroso e doloroso processo de migração. Desmistificar isso foi chave em nossa estratégia de aquisição). A segunda foi rever todas as campanhas digitais e passar a segmentar empresas de alto valor, com estratégias de disseminação desse conteúdo em nichos específicos, além de uma automação para qualificação e nutrição desses leads antes do encaminhamento para a área comercial. Antes de onerar o time comercial com qualificação e primeiras reuniões, deixamos o time dedicado a etapas mais avançadas no funil de vendas, enquanto nossa régua de engajamento nutria e qualificada leads a cada interação automatizada, A terceira estratégia foi continuar apostando em eventos próprios que, junto com o já conhecido VTEX DAY nos ajudaram a posicionar a VTEX como autoridade, atrair importantes nomes do mercado para orbitar nossas iniciativas e promover conteúdos valiosos para o ecossistema.
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2. Product-Led Growth (PLG): Quando o (Bom) Produto se Vende Sozinho

Em modelos PLG, o usuário experimenta o produto antes de comprar, por meio de trials e modelos freemium. Empresas que adotam essa estratégia investem em fácil usabilidade, onboarding eficiente e um ciclo de viralidade para crescer organicamente. Aqui é essencial criar formatos self-service para que o cliente conheça e converta sem a necessidade de interação com time comercial, aproveitando-se ao máximo do componente de indicação e vitalidade.

Vantagens:

Baixo custo de aquisição (usuários entram sozinhos, sem necessidade de um vendedor).

Crescimento exponencial (efeito de rede e recomendação).

Menos atrito na conversão (modelo freemium e trials permitem testar antes de comprar, removendo atritos no processo de contratação definitiva).

Desafios:

Necessário um produto muito intuitivo e autoexplicativo (onboarding e ativação são cruciais. Deve-se investir muito tempo em education e em estudos para se possa entender e se fazer ser entendido pelo cliente, que muitas vezes não terá qualquer interação com a empresa da consideração a conversão ).

Dificuldade em atender clientes enterprise, que exigem vendas mais consultivas. (Apesar de falarmos de mercados B2B, devemos lembrar que sempre existe uma figura humana por trás de cada conversão, uma pessoa com necessidades desejos e expectativas que podem ser arriscadas em conversões de ticket de menor valor, mas que provavelmente não serão postas a prova em contratações enterprise sem que se tenha a certeza de sua utilidade.)

📌 Exemplo do mercado:

O Notion cresceu com um modelo PLG puro, onde usuários começaram a adotar a ferramenta individualmente e, com o tempo, empresas inteiras passaram a utilizá-la por serem contaminadas, no bom sentido, por embaixadores que entenderam e exploraram a ferramenta de forma intuitiva e completa, tornando-a parte vital de suas rotinas de trabalho. Ferramentas de CRM ou E-mkt, como Hubspot ou MailChimp, também confiam em interfaces simples, amigáveis e intuitivas para converter um usuário em modelo freemium que, depois de ver valor e investir tempo na customização e utilização da ferramenta, passa a enxerga-lá como parte importante de sua entrega, tornando a contratação por parte da empresa como um todo um segundo passo natural.

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3. Sales-Led: O Poder da Venda Consultiva

Para SaaS B2B enterprise, vendas consultivas (Sales-Led) continuam sendo o modelo dominante. Aqui, um time comercial trabalha ativamente para fechar contratos estratégicos dentro de uma target list especifica.

✅ Vantagens:

Funciona bem para tickets altos, pois clientes precisam de suporte para a tomada de decisão, principalmente em aspectos técnicos, e negociação para melhorar aspectos financeiros ou customizar uma implementação .

Relacionamento mais próximo, aumentando retenção e upsell. Conhecer o cliente, seu histórico e suas expectativas no momento do fechamento do contrato, são um norte importante para que a passagem de bastão de Vendas para Customer Success seja feita da maneira mais tranquila possível.

Menos dependência de canais orgânicos (podendo utilizar de ferramentas de inbound como cases, eventos e materiais ricos para apoiar o processo de venda, de forma estratégica).

Desafios:

Alto custo de aquisição (time comercial, sem salário e variável pode ser um grande investimento e ciclo de vendas longo).

Escalabilidade depende da expansão do time de vendas. Fazer mais resultado com o mesmo time comercial pode parecer um desafio difícil sem que se contratem novas pessoas. Investir em melhorar a qualificação e diminuir o ciclo de vendas são processos importantes para liberar banda do time sem a necessidade direta de contratação.

📌 Caso Adyen:

A Adyen cresceu com um modelo Sales-Led, focando em grandes contas. Um dos pontos importantes que, ao meu ver impulsionaram com forca esse crescimento, foi a necessidade de criação de uma diferenciação em um mercado tão comoditizado como o de meios de pagamento. Ter um executivo de vendas auxiliando no processo de escolha de uma nova plataforma de pagamento para seu cliente possibilitou que a Adyen apresentasse seus diferenciais para muito além da guerra de taxas, criando relações viscerais com clientes que confiaram em sua arquitetura de pagamentos para a escalabilidade de negócios globais.

Na chamada Sales Engine, Marketing, SDR e Vendas trabalham juntos da criação da target list a conversão de clientes, promovendo uma venda consultiva, com baixo churn e alta capacidade de cross-sell.

O Bônus: Como Canais e Parcerias Potencializam Todos os Modelos

Independentemente do modelo de aquisição principal, canais e parceiros podem atuar como aceleradores de crescimento, reduzindo custos e aumentando a escala.

Como isso funciona em cada modelo?

✔️ Inbound-Led + Parceiros:

• Parceiros ajudam a educar o mercado, produzindo conteúdo em parceria e ajudando a dissemina-lo em seus canais. Além de participar na realização e divulgação de eventos e conversão de leads inbound.

• Exemplo VTEX: O conteúdo e a mídia paga geravam demanda, mas agências parceiras faziam a venda e implementação para alguns segmentos de cliente. Parceiros também eram presença constante nas publicações do blog da VTEX e no palco do VTEX DAY, movimentando o ecossistema como um todo.

✔️ Sales-Led + Parceiros:

• Parceiros reduzem o ciclo de vendas e aumentam a credibilidade do produto.

• Exemplo Adyen: Marketplaces, plataformas de e-commerce (como a VTEX) e ERPs indicavam a Adyen para seus clientes, reduzindo o esforço comercial.

✔️ PLG + Parceiros (menos comum, mas possível):

• Parceiros criam integrações e novos casos de uso, ampliando a adoção do produto.

• Exemplo: O HubSpot tem um modelo PLG, mas também usa agências parceiras para vender e customizar a plataforma. A VTEX possui produtos complementares a sua plataforma de e-commerce que são integrados a sistemas parceiros terceiros e geram oportunidades de negócio maiores.

Conclusão: O melhor modelo?

Cada SaaS precisa encontrar o modelo de aquisição mais adequado ao seu mercado. Enquanto InboundLed e PLG funcionam bem para produtos self-service, SalesLedé essencial para enterprise.

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Porém, um fator muitas vezes ignorado é o poder dos canais e parcerias como um motor extra de crescimento. Empresas como VTEX e Adyen mostraram que combinar um modelo de aquisição principal com um ecossistema de parceiros pode ser um diferencial estratégico para escalar com mais eficiência.

Sua empresa já explora o potencial de canais e parceiros no seu modelo de aquisição?

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ABC of ABM 1: Target List https://fractio.solutions/abc-abm-1-target-list/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=abc-abm-1-target-list Thu, 20 Oct 2022 14:42:14 +0000 https://avadawebsites.wpengine.com/business/?p=1518 The ABC of ABM 1: Target List Este é o primeiro artigo da minha série, O ABC do ABM - Como (realmente) planejar, executar e gerenciar estratégias de marketing baseadas em contas.  Nome sofisticado para uma necessidade básica: os profissionais de marketing B2B precisam gerar mais ____ (insira aqui a meta anual com [...]

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The ABC of ABM 1: Target List

Este é o primeiro artigo da minha série, O ABC do ABM – Como (realmente) planejar, executar e gerenciar estratégias de marketing baseadas em contas

Nome sofisticado para uma necessidade básica: os profissionais de marketing B2B precisam gerar mais ____ (insira aqui a meta anual com a qual você sorriu alegremente, acenou e concordou. Por exemplo, leads, MQLs, SAOs, lucro, ROI, etc.) com menos _____ (insira aqui o que lhe falta cada vez mais a cada ano: tempo, orçamento, pessoas, etc.). Necessidade básica que às vezes tornar-se desafiador e opressor quando nem sabemos por onde começar em uma realidade tão acelerada.

Mas calma, eu estou aqui pra ajudar você. 

Pegue um café com uma mão, minha mão com a outra e vamos explorar juntos as belezas do ABM.  Neste primeiro artigo abordaremos Como criar uma lista de alvos de empresas para iniciar nossas iniciativas ABM.

Construção de uma Lista de Alvos Estratégica

Como criar uma lista de empresas-alvo utilizando 3 pilares

Eficiência e Precisão no ABM

Como trabalhar com eficiência (otimizar recursos limitados para gerar leads de alto valor) e precisão (priorizar as contas certas com base em dados e insights).

Antes de criarmos nossa Lista de Alvos, vamos começar dando uma olhada na definição de ABM. De acordo com o Hubspot (e com o Google, já que esta foi a primeira entrada orgânica para a consulta “O que é ABM?”):

“O marketing baseado em contas (ABM) é uma abordagem estratégica que se concentra em contas de alto valor em um mercado ou negócio. As estratégias ABM se concentram na criação de experiências de compra personalizadas para melhor aquisição de clientes, construção de relacionamento e crescimento do negócio.” Hubspot ( https://blog.hubspot.com/marketing/account-based-marketing-guide)

Eu realmente gosto dessa definição e sinto que é importante abordar dois termos importantes acima: “contas de alto valor” e “melhor”, como em “melhor aquisição de clientes, construção de relacionamento e crescimento do negócio”. 

Então, para começar a nossa conversa, o que na sua opinião é uma “conta de alto valor”?

  • O maior ROI

  • A margem mais alta

  • O maior LTV e potencial

  • Você escolhe!

Sim, todas as opções acima ou qualquer outra em que não pensei ao escrever esses exemplos. Você define o que é valor e qual é o principal objetivo que você buscará ao procurar um novo lead.

E o que significa “melhor” em “melhor aquisição de clientes, construção de relacionamento e crescimento do negócio”?

  • Menos tempo para converter

  • Custa Menos

  • Exige menos pontos de contato

  • Todas as anteriores!

Sim, novamente, você escolhe, pois pode ser qualquer uma das opções acima. Nos dois termos que destaquei, o mais importante é saber o que você procura, declarar e compartilhar com as equipes comerciais envolvidas. 

O atalho para a eficiência é o planejamento e o compartilhamento. 

Recursos limitados (tempo/pessoas/orçamento) obrigam você a trabalhar com eficiência, concentrando-se onde você é capaz de gerar leads de alto valor para os clientes mais adequados com o CAC mais baixo. 

Caso contrário, não apenas os seus recursos serão limitados, mas provavelmente a paciência do seu líder também. 

Trabalhar com eficiência anda de mãos dadas para trabalhar com precisão. Ser preciso é priorizar (iniciativas, produtos, verticais de mercado, etc.) sobre o que não vai gerar a maior eficiência acima mencionada, estando profundamente focado e comprometido, analisando sempre que possível e ajustando o caminho sempre que necessário.

O atalho para a precisão é implementar e aprender. 

Então, eu acrescentaria uma nota pessoal que: 

“ABM é trabalhar com a maior eficiência e precisão” Guilherme Lerner

Um dos aspectos básicos de uma estratégia eficiente e precisa é ter uma lista de empresas para atacar e focar nossos esforços comerciais, então vamos arregaçar as mangas e começar o que propusemos no início deste artigo: criar nosso Lista de alvos ABM!

Gosto de combinar 3 fontes para criar uma Target List realista, centrada no cliente e preparada para o futuro e este é o ponto de partida que proponho que você use para planejar o seu.

Roadmap de Produto (Realista)

Sua base de clientes (centrada no cliente)

A visão, o mercado e os concorrentes da sua empresa (preparados para o futuro)

Status e Roadmap de Produto (realista)

Ter um conhecimento profundo da adequação do seu produto ao mercado é essencial para criar uma lista de alvos realista. Investigue o uso pelos clientes e procure características em sua base de clientes atual para descobrir informações úteis que podem ser usadas para filtrar e criar um “parecidos” e conheça mais empresas a serem consideradas. Além disso, troque informações com sua equipe de desenvolvimento para criar uma visão clara dos produtos e recursos que serão desenvolvidos ao longo do ano. Por fim, aborde a equipe de Marketing de Produtos para entender as estratégias e hipóteses de GTM criadas para promover esses produtos. Ao fazer isso, você consegue compreender profundamente sua oferta e as possibilidades de promovê-la. Dica rápida: faça disso um ritual! Uma das funções mais relevantes que um profissional de marketing pode desempenhar é ser a ponte entre o desenvolvimento e as vendas, garantindo que informações relevantes e úteis fluam de uma ponta a outra. 

Sua base de clientes (centrada no cliente)

Antes de olhar para o futuro, entenda e aprenda com o passado. Da sua base de clientes atual, quais são os setores que possuem contas de maior valor, com base na definição de “alto valor” que você certamente já planejou e compartilhou :)?. Para isso, recomendo combinar a análise dos dados do seu CRM com reuniões e chats com sua equipe comercial, de forma que você possa tirar o melhor proveito dos dados objetivos e subjetivos. Isso permite que você tenha uma visão mais clara do seu Perfil de Cliente Ideal, com uma combinação de características e comportamentos que você buscará ao listar empresas para sua lista-alvo. O ICP será tema principal de outro artigo, fique ligado! Dica rápida: analise as informações de receita (Margem, ACV, etc) combinadas com as informações da Fonte (mídia, campanha, etc). Além disso, dê uma olhada no desempenho atual do seu funil de aquisição para saber o quão aderente está a sua oferta atual e quantas empresas você precisa ter na sua lista de alvos para gerar a quantidade esperada de WINs no final do ano. Obviamente você está buscando a mais alta eficiência e precisão, mas é importante saber se os objetivos são realistas e alcançáveis. 

Visão, mercado e concorrentes da sua empresa (à prova de futuro)

Agora que você entendeu sua oferta e as estatísticas atuais de sua base de clientes, dê uma olhada na visão de futuro de sua empresa. Estude os objetivos, os OKRs dos seus times, as verticais/regiões a serem desenvolvidas. Além disso, estude seus concorrentes e quaisquer informações relevantes de seu mercado-alvo que possam influenciar o processo de aquisição. Por exemplo. Se você é uma plataforma de comércio e sabe que um cliente está propenso a mudar de plataforma a cada 3 anos ou após atingir uma determinada receita, não faz sentido colocar em sua lista de alvos uma empresa que migrou para um concorrente no ano passado ou que não atingiu aquela receita necessária. Dica rápida: Use rankings das principais autoridades do seu setor para descobrir as principais empresas para as verticais que você deseja seguir, combinando com filtros que você pode usar no LinkedIn Sales Navigator, dados de terceiros, CRM e etc para criar uma lista que seja útil ao longo do ano.

Agora que você fez sua lição de casa para Planejar sua lista de alvos, é hora de Criar isto.

Quando: O momento ideal para criar a lista de metas é quando você está planejando o ano que está por vir, pois isso ajuda a planejar outros aspectos importantes como orçamento, alocação de equipe e OKRs. E lembre-se: uma lista de metas bem construída ajuda a priorizar seus esforços para ser eficiente e preciso!

Quem: Recomendo fortemente a criação da lista em uma reunião com toda a liderança comercial (marketing, SDR e Vendas), para fomentar um ambiente colaborativo e ter uma visão compartilhada a ser perseguida. 

Como: Para a reunião que mencionei, traga uma lista sugerida de empresas para iniciar a discussão e fazer com que as coisas caminhem na melhor direção, evitando nomear empresas aleatoriamente à vontade. Isso pode ser feito no seu CRM ou em uma planilha compartilhada, o que funcionar melhor considerando o uso, possibilidade de inserção de informações e padrões de segurança que sua empresa possui. Ter alguém para ser o “Guardião da Lista de Alvos”, sendo o responsável pela edição da Lista de Alvos, inserindo informações e indicando o status das contas. E que tipo de informação você deve colocar na sua Lista de Alvos? 

Para definir isso, pense em quais informações estão disponíveis (dados primários de CRM, dados de terceiros, pesquisa documental, mídia, etc.) e quão confiáveis ​​elas são. Evite criar premissas sobre premissas, criando um jogo Jenga que pode cair se uma hipótese não estiver correta. Procure informações sobre o perfil da empresa (faturamento esperado, setor, funcionários, localização, número de clientes, etc) aliadas a informações comportamentais relevantes para sua empresa (tecnologia utilizada, por exemplo), tendo sempre em mente o seu Perfil de Cliente Ideal. 

Depois de listar as empresas e as colunas que fazer sentido para sua segmentação. É hora de priorizar sua lista de alvos e criar níveis para ajudar sua equipe a se concentrar. Para ajudá-lo a priorizar, pense na combinação de dois aspectos:

  • Esforço: Quais são os frutos mais fáceis de alcançar que poderiam ser facilmente convertidos e contribuir para criar um pipeline desde o início? Qual tem melhor aderência/adequação ao seu PIC? Avalie (1-5), sendo 5 o menor esforço necessário.
  • Valor: Quais são as empresas das quais você espera mais valor (margem, receita, etc.)? Avalie (1-5), sendo 5 o maior valor.

Ao combinar as taxas, você tem critérios objetivos para trabalhar ao dividir em níveis.

Sugiro dividir em 3 níveis:

  1. Camada 1: Melhor combinação Esforço/Ajuste/Valor (+8 taxa). A “lista obrigatória”, empresas nas quais você vai focar suas iniciativas comerciais e nas quais investirá a maior parte de seus esforços. 
  2. Camada 2: Boa combinação Esforço/Ajuste/Valor (Taxa 5-7): Empresas que você precisa prestar atenção e que “pagam as contas”, aproximando você do alcance de seus objetivos.
  3. Nível 3: Combinação OK de esforço/ajuste/valor (taxa abaixo de 5): Empresas que você receberá em sua empresa, mas vai ser mais reativo do que proativo diariamente base.

Para: Depois de se sentir confortável com a sua Target List, é hora de pensar em uma forma de ela chegar às equipes comerciais responsáveis ​​pelas estratégias de inbound e outbound da sua empresa, estando atento às permissões de acesso a ela. Eu sugeriria deixar apenas o Guardian editá-lo, mas pense no que funciona melhor para a dinâmica da sua equipe.

Depois de planejar e criar, é hora de Gerenciar sua lista de alvos.

É importante que a lista de target seja revista pelo menos trimestralmente e recomendo ter uma meta de cobertura para o time comercial, um OKR que deve ser avaliado em ritmo constante. Além disso, crie um rótulo em seu software CRM/Inbound para sinalizar sempre que uma conta de uma empresa que está em sua lista de alvos for criada. Isso pode ajudar muito a melhorar o seu lead score, proporcionar uma resposta comercial ainda melhor e mais rápida e ser útil na hora de avaliar a eficácia de todo esse processo. 

Bom, espero ter ajudado você nesse importante assunto, pois criar uma lista de metas ajuda a priorizar o uso dos seus recursos e dá o tom do desempenho comercial do ano. 

Esta é uma série colaborativa, criada para compartilhar, mas também para construir com a rede que cresci nas últimas duas décadas trabalhando com marketing, focada principalmente em iniciativas de Growth e Inbound. Dito isso, eu adoraria ouvir sua opinião e discutir isso mais detalhadamente. 

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ABC of ABM 2: Ideal Customer Profile (ICP) https://fractio.solutions/abc-of-abm-ideal-customer-profile-icp/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=abc-of-abm-ideal-customer-profile-icp Thu, 22 Sep 2022 19:48:05 +0000 https://avadawebsites.wpengine.com/business/?p=416 Uma visão além do ICP (Ideal Customer Profile) em ABM O conceito de ICP (Ideal Customer Profile) é amplamente utilizado por empresas B2B para definir qual é o tipo de cliente ideal para sua empresa, consequentemente, gera mais valor para o negócio. Em uma estratégia de ABM (Account-Based Marketing), o ICP é crucial, [...]

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Uma visão além do ICP (Ideal Customer Profile) em ABM

O conceito de ICP (Ideal Customer Profile) é amplamente utilizado por empresas B2B para definir qual é o tipo de cliente ideal para sua empresa, consequentemente, gera mais valor para o negócio.

Em uma estratégia de ABM (Account-Based Marketing), o ICP é crucial, pois ajuda a direcionar os esforços de marketing e vendas para contas que têm maior potencial de conversão e retenção, tornando toda a operação mais eficiente e alinhada com uma realidade corporativa cada vez mais desafiadora.

Tradicionalmente, essa definição leva em conta fatores como segmento de mercado, porte da empresa, ticket médio e ciclo de vendas para determinar o cliente mais lucrativo e que demanda menos esforços para conversão.

Público Alvo x ICP X Target List


A diferença entre Público Alvo, ICP (Ideal Customer Profile) e Target List – tema do meu artigo anterior The ABC ou ABM 1: Target List–  em uma estratégia de ABM (Account-Based Marketing) está no nível de especificidade e aplicação prática. 

A diferença entre Público-Alvo, ICP e Target List pode ser visualizada como camadas concêntricas, onde cada nível representa uma segmentação mais precisa e focada.

Público-Alvo (Macro)
  • Definição: O público-alvo é a maior camada e refere-se a um grupo amplo de pessoas ou empresas que compartilham características gerais, como o setor, tamanho ou localização.
  • Exemplo: Empresas de tecnologia ou empresas de médio porte no Brasil.
  • Objetivo: Abrange um mercado amplo e serve como ponto de partida para estratégias de marketing em larga escala.
ICP (Ideal Customer Profile)
  • Definição: O ICP é um subconjunto mais restrito dentro do público-alvo, onde você define o perfil mais detalhado do cliente ideal, com base em características específicas e dores.  
  • Exemplo: Empresas de tecnologia com receita de 10 a 50 milhões, que estão em fase de crescimento e buscam soluções de automação de marketing.
  • Objetivo: Refina a segmentação, ajudando a identificar quais empresas dentro do público-alvo têm mais chance de gerar valor real para o seu negócio.
Target List (Lista de Contas)
  • Definição: É a lista real de contas (empresas) que se encaixam no ICP e serão abordadas na campanha de ABM. Ou seja, a Target List é um subconjunto do ICP, com empresas nomeadas e priorizadas.  
  • Exemplo: Uma lista de 50 empresas específicas que são de tecnologia, têm o tamanho e os desafios definidos no ICP, e que já demonstraram interesse ou são potenciais compradores.
    Objetivo: A target list é utilizada para campanhas de ABM, com foco na personalização da abordagem para cada conta.

Como definir o ICP de sua empresa

Um checklist rápido e objetivo para te ajudar a definir o ICP de sua empresa:

  • Segmentação

       – Setores e indústrias mais relevantes  

       – Tamanho da empresa (faturamento, número de funcionários)  

       – Localização geográfica 

  • Características da Conta  

       – Modelo de negócios (B2B, B2C, SaaS, Enterprise)  

       – Ferramentas e tecnologias utilizadas  

       – Maturidade digital e nível de sofisticação 

  • Perfis de Decisores e Influenciadores  

       – Cargos e funções-chave (exemplo: CMO, CTO)  

       – Desafios e dores específicas  

       – Motivadores de compra  

  • Indicadores Financeiros e Comerciais  

       – Tempo médio de fechamento  

       – Ticket médio e LTV

       – Margem 

       – ROI

       – Pagamento e Adimplência

       – Satisfação via NPS e tickets de suporte

Parece completo, no entanto, acredito que essa abordagem pode – e deve – ser expandida para incluir um critério fundamental que muitas vezes é negligenciado: o impacto real da sua solução no cliente.  

Além do LTV e do NPS: Quem Realmente Precisa de Você?

Muitas empresas definem o ICP a partir de uma visão idealizada e pouco baseada em dados, partindo de suposições, percepções e opiniões pessoais.

Poucas definem seu ICP olhando para números como Lifetime Value (LTV), ticket médio e margem. Isso faz sentido do ponto de vista financeiro, mas nem sempre reflete a verdadeira conexão entre cliente e fornecedor. Afinal, um cliente pode gerar muita receita, mas ter baixa retenção ou buscar alternativas constantemente. Isso se torna ainda mais sensível quando falamos de mercados B2B com pouca diferenciação: a comoditização de produtos e serviços torna as relações entre empresas mais rasas e dinâmicas, sendo normalmente contornados por áreas grandes e custosas de implementação e sucesso do cliente para criar uma camada de personalização em um produto.   

Nunca me esqueço quando começamos a definir o ICP na VTEX, quando atuei como Head de Marketing e Eventos, co-criando as estratégias de aquisição da companhia. A maturidade e experiência da empresa e do time permitiram que já tivéssemos clara a importância de dados além da percepção pessoal para a construção do ICP, mas logo no início do processo veio um insight. Começamos olhando faturamento e margem e nos deparamos com contas gigantescas e que traziam muita receita para a empresa. Porém, essas contas já eram gigantescas antes da VTEX, ou seja, ela continuariam gigantescas depois, já que a VTEX não contribuiu diretamente para aquele crescimento e, consequentemente, não era vista como essencial para sua sobrevivência. Um cliente assim tem mais tendência a apertar as margens financeiras e espremer os times de sucesso.

Agora, pense no caso de uma empresa que dobrou seu faturamento depois de adotar sua solução. Esse crescimento mostra que sua oferta não apenas agrega valor, mas se tornou essencial para o negócio do cliente. O relacionamento aqui não é apenas transacional; ele se torna estratégico e de longo prazo. Quando, naquele momento de VTEX, percebemos que clientes ligeiramente menores em receita mas que tiveram ganhos exponenciais após a nossa contratação, mudamos o jogo do ICP, focando ainda em enterprise mas em contas onde a relação era muito mais visceral e mutuamente valorosa.  

Ideal Provider Profile: A Relação de Mão Dupla  

Se estamos definindo o ICP como o cliente ideal para a empresa, por que não considerar também se sua empresa é o Ideal Provider Profile (não sei se existe, mas cunhar esse termo faz super sentido aqui) – ou seja, a sua empresa é o fornecedor ideal para aquele cliente? A lógica aqui é simples: se uma empresa depende da sua solução para crescer e operar de forma mais eficiente, a relação se torna mais simbiótica, e não apenas uma troca comercial.  

“O cliente é tão ideal para sua empresa quanto sua empresa é ideal para ele.” Guilherme Lerner

Isso significa que, ao definir seu ICP, você também deve se perguntar:  

– Esse cliente vê minha solução como essencial para o seu crescimento?  

– A relação entre nós é de longo prazo ou apenas uma compra pontual*  

– O sucesso dele está diretamente ligado ao meu sucesso?

– Estou contribuindo diretamente para gerar impacto em valor para sua operação? 

Ao adotar essa abordagem mais holística, penso que as empresas podem evitar o erro de focar apenas em clientes que pagam mais, mas que não necessariamente vêem sua solução como indispensável. Isso ajuda na retenção, no crescimento orgânico (afinal, clientes que dependem de você têm menos incentivos para churn) e na construção de um posicionamento mais forte no mercado.  

No fim das contas, vale pensar no ICP ideal além daquele que paga mais, mas aquele que se beneficia mais – e, por consequência, constrói um relacionamento mais sólido e duradouro com a sua empresa. Faz sentido? Adoraria ouvir sua opinião!

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